QUEM SOMOS


HISTORICO OBRA SANTA ZITA DO CORAÇÂO EUCARTISTICO DE JESUS

SITUAÇÃO DAS EMPREGADAS DOMESTICA

Sob o ponto de vista católica, a empregada domestica foi escolhida pela providencia divina, para fazer parte no quadro admirável e básico da família, com a qual, ela deve colaborar. Sua missão é, pois, muito importante, nobre, sublime. Entretanto, em nossos dias, a maior parte das empregadas domestica não corresponde a este ideal, ou por falta de formação ou devido a decadência moral e ao abandono em que se acham.


                  Hoje em dia, a mocidade trabalhista não quer mais saber do serviço domestico, preferindo o das fábricas, das oficinas e do comercio e isto por vários motivos:


a) – o preconceito de que ser empregado domestica é rebaixar-se a último nível da escala social; ou que causa prejuízos para o futuro;

b) – à obscuridade do serviço; 

c) – o desejo de uma libertade incessível incompatível com serviço domestica;

d) o Espírito de independência e o horror pela sujeição.


PROBLEMA A RESOLVER

Como consequência lógica desta situação surge seguintes problemas: os elementos bons desaparecerem do cenário escolhendo de preferência outras profissões e o quadro dos empregados domésticos fica cada vez mais reduzido ao restolho da sociedade, como elementos indesejáveis, visitados, insubordinados, ou então como elementos bons, porém, privados de todo e qualquer formação; sem amparo e expostos aos perigos incríveis dos grandes centros, cujas consequências são desastrosas para todas as sociedades.


URGE SOLUCIONAR O PROBLEMA
a)      – Eliminando os elementos maus de tal classe; 
b) – Procurando formar, colocar, amparar os bons elementos,

COMEÇO E DESENVOLVIMENTO DA OBRA
Deus na sua infinita misericórdia foi encaminhando tudo. Em 1940 foi posta a disposição das empregadas domesticas da Paróquia de Santa Terezinha em Higienópolis, um pequena sala, do porão da Casa da Família Pinto Serva, onde, com o concurso de algumas filhas de Maria da Paróquia, davam-se aulas de alfabetização para muitas empregadas.

Estava lançada a sementinha... O homem planta, Deus dá o crescimento... e a árvore apareceu...

Em 1941, o Colégio nossa Senhora de Sion, com a mudança da “ Escola São Teodoro” para Vila Maria, pôs a disposição das empregadas o Pavilhão onde funcionava a escola e o parque do Colégio. Aí puderam aumentar o número de alunas, desdobrar em primeiro e segundo ano as aulas de alfabetização, criar o curso de corte e costura. Incentivamos a formação Religiosa com a organização de retiros mensais no 2° Domingo de cada mês, retiros que eram pregados pelo Reverendíssimo Vigário Frei Jerônimo de São José, além do retiro anual durante os dias de carnaval. A parte social tomou mais incremento com horas recreativas e a organização de jogos aos domingos, de representações bi- anuais por ocasião da Páscoa e do Natal.

O local era ótimo as irmãs muito boas e generosas tudo corria admiravelmente bem... mas, Deus queria mais. Queria criar, fixar, desenvolver a obra e atrair para ela almas generosas que seguindo o apelo divino, por ela deixassem tudo e a adotassem por vocação particular.

Até agora Deus vinha aplainando nossos caminhos abrindo nossas portas, oferecendo nossos locais. Agora, porém, tudo muda. O processo é diverso. Eis nos sem abrigo...

De uma hora para outra, no dia 11 de fevereiro de 1944, quando as aulas deviam recomeçar e as empregadas vinham matricular-se  numerosas, Sion não pode mais nos receber devido a criação da escola normal e a grande influência de alunas. Que fazer? Deixar morrer uma obra? impossível! a sementinha germinara crescera tornara se arvore...  Deus a tinha cultivado, não podia perecer...


A CASA DE SANTA ZITA
A compra de uma casa que permitisse a instalação da obra e garantisse a sua estabilidade assim como a dos elementos que a ele se dedicassem de forma definitiva era problema do momento.

No prazo de um mês Dona Maria Amélia de Andrade Reis adquiriu o seu custo, e no dia 19 de março de 1944, sob a especial proteção de São José foi inaugurada. Nesse mesmo dia, em presença de varias pessoas amigas e diversas empregadas, Monsenhor Monteiro D.D Vigário Capitular procedeu a benção da casa, acolitado pelo Reverendíssimo Frei Jerônimo de São José e pelo Reverendíssimo Pe. Primo Mason SSS.

Apareceram logo os primeiros elementos encaminhados pelo Reverendíssimo Pe Primo Masson, que foi quem escolheu a Superiora da Obra, quem dirigiu e orientou a obra nos seus primórdios ,quem teve a ideia de fazer dessa Obra inicial em prol das empregadas domesticas, uma verdadeira e própria Congregação Religiosa que se dedicasse inteira e exclusivamente a solução do problema das empregadas domesticas, quem deu o esboço das regras e definiu o ideal da obra de Santa Zita; quem desejou se chamasse Casa Santa Zita do Coração Eucarístico de Jesus e tivesse Padroeiros especiais Nossa Senhora das Mercês e São José.

Formar colocar, proteger as empregadas domésticas eis a tríplice finalidade da Obra.

Todos os meios de que nos servimos convergem para o mesmo centro: educar a empregada doméstica, eleva-la ao fim para que foi criada: amar, servir e louvar a Deus.

Será ela a irradiação do bem na casa em que se achar. De suas condições obscuras deve partir o raio de luz divina que ilumina, toca e transforma as almas.

Ela fará do trabalho uma prece contínua, cumprindo fielmente os seus deveres; e Deus servirá deste instrumento pequenino e humilde para difundir o bem no lar cristão.

O ideal de sua alma deve ser santificar-se para procurar dar ao próximo o que recebeu gratuitamente a GRAÇA que a torna participante da natureza divina.

Na trama do serviço doméstico, feita de monótonos e pequeninos atos, deve ter a empregada sempre em vista a glória de Deus e Salvação das almas, a cristianização e santificação das famílias. Pela prática vivida do sacrifício e da caridade à imitação de Santa Zita, será ela uma verdadeira apóstola do reinado de Cristo nas famílias.

É esse o ideal que desejamos incutir no espírito das empregadas. Trabalhamos assim pela recristianização e defesa do lar cristão, procurando fornecer às famílias, elementos aptos e cônscios de suas responsabilidades.


CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DE SANTA ZITA
Para maior eficiência deste apostolado e consecução de tão sublime fim, sentimos logo a necessidade da fundação de uma Congregação Religiosa que, por sua estabilidade e dedicação de seus membros, garantisse o êxito e a duração da Obra.

Desde o inicio portanto, os elementos, que aqui se reuniram tiveram este objetivo: consagrar-se totalmente a Deus para a plena realização deste plano divino de apostolado pela ação das empregadas domésticas no lar cristão.

Decorridos trinta anos após a fundação de sua família consagrada, Madre Maria Amélia faleceu no dia 06 de outubro de 1980, em consequência de um desastre de automóvel, do qual vinha se recuperando. Ela cumpriu até o fim, o princípio que orientava toda sua vida: “viver o momento presente, na busca constante da vontade de Deus”. Sua vida foi uma constante mensagem de fé e de paz.

A congregação continua a missão de sua fundadora, agora olhando com carinho todo especial a mulher desempregada; acolhendo, evangelizando e promovendo-a.
A Congregação das Irmãs de Santa Zita congrega pessoas que vivem comunitariamente a consagração radical de si mesmas a CRISTO em sua Igreja, reservadas total e exclusivamente para o serviço do reino de Deus.

Sendo a vida religiosa um apelo de Jesus Cristo, no qual se requer mais profunda e constante conversão viveremos o dinamismo da Palavra revelada.



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